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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Você tem ideia de como nosso sistema solar se move no universo? Choque-se

Um pesquisador indiano desenvolveu uma impressionante interpretação do movimento do sistema solar pela Via Láctea que vai fazer você repensar sua forma de ver o Universo


Você tem ideia de como nosso sistema solar se move no universo? Choque-se
Todos nós conhecemos o modelo acima, que mostra o nosso Sol parado no centro de nosso sistema solar e os planetas girando ao seu redor. Fomos apresentados a esse modelo durante nossa vida escolar, o que nos levou a acreditar que ele se trata de uma verdade quase incontestável. E agora que sabemos que até mesmo a nossa estrela principal está em movimento na galáxia, surge a questão de como os mundos que a cercam a acompanham.
Mas pensar no nosso sistema solar como uma espécie de “frisbee”, vagando lateralmente pela galáxia, é algo que parece não fazer muito sentido por alguns motivos. Primeiramente, isso poderia singificar que a Terra (e todos seus planetas vizinhos) passaria metade do ano “andando” mais rápido que o Sol e a outra metade avançando mais devagar que o astro, de forma que permitisse as voltas constantes em torno dele.
Fonte da imagem: Reprodução/Tufts University
Além disso, esse esquema de movimentação, com trajetórias praticamente em um mesmo plano, impossibilitaria que os planetas ficassem visíveis o ano todo, como o fazem na realidade. No modelo “reto”, cada um deles teria que se esconder atrás do Sol ao menos uma vez por ano – ou mais, para os mundos com as voltas mais rápidas.

A grande jornada

Por mais que as representações do sistema solar hoje tenham sido alteradas de forma que as trajetórias dos planetas não estão mais em um plano só, mas sim somente aproximadas, o modelo ainda passa certa estranheza. Pensando nisso, o cientista Pallathadka Keshava Bhat teorizou uma maneira diferente de pensarmos no movimento do conjunto de corpos celeste pelo espaço, que você pode ver no vídeo a seguir.



A ideia do estudioso é que o Sol seguiria sua rota pela Via Láctea de forma similar à que vemos um cometa passar, ao mesmo tempo em que arrasta os planetas ao seu redor. Além disso, a trajetória da própria estrela também não seria um círculo plano, mas sim contaria com movimentos espiralados constantes, como exemplificado na animação em vídeo mais abaixo.
Obviamente, as novas representações também se tratam apenas de teorias não comprovadas e receberam duras críticas de cientistas renomados, como Philip Cary Plait. De qualquer forma, há quem acredite que o movimento diferenciado na forma de “vórtice” permite no mínimo que vejamos o Universo de uma maneira mais produtiva, com a sensação de que estamos em uma verdadeira jornada, em vez de dar voltas e sempre acabar no mesmo ponto.


 E você, acha que a teoria de Bhat faz sentido? Ou prefere as versões mais aceitas pela comunidade científica?



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Se podemos viver sem ele, por que temos apêndice?

Estamos falando de um órgão minúsculo que até pouco tempo atrás ainda era um mistério para a Ciência

Fonte da imagem: Shutterstock Se podemos viver sem ele, por que temos apêndice?






Você provavelmente conhece alguém que teve apendicite – uma inflamação no apêndice –, simplesmente passou por um processo cirúrgico para remover o órgão e vive normalmente sem ele. Por que, então, temos um apêndice se a ausência dele não é prejudicial à saúde?
Medindo em torno de 7 cm, o órgão minúsculo parece ser percebido apenas quando causa algum tipo de problema, afinal, se não fosse pela dor, ninguém se lembraria da existência do dito cujo. E ele fica ali, pertinho do seu cólon, na metade do caminho entre intestino fino e grosso.

Reserva

Fonte da imagem: Shutterstock
É comum que as pessoas pensem no apêndice como um órgão que já teve lá a sua utilidade, mas que hoje está ali por insistência, apenas, sem muita serventia. Essa ideia veio por água abaixo em 2007, quando pesquisadores da Universidade de Duke descobriram que o apêndice é uma espécie de sacolinha que reserva bactérias do bem, prontas para entrar em ação caso alguma coisa ruim aconteça com o sistema digestório.
Antes dessa pesquisa de 2007 os cientistas tinham descoberto uma membrana viscosa que cobria o apêndice. Essa membrana contém as mesmas bactérias saudáveis que também estão presentes no órgão. A diferença é que quando há algum problema intestinal, como a diarreia, essa membrana é eliminada também, enquanto que as bactérias do apêndice continuam a salvo. Assim que o intestino elimina tudo o que precisa, as bactérias do apêndice repovoam o local e impedem que bactérias perigosas ajam novamente.
À medida que as condições sanitárias são boas o suficiente para eliminar alguns tipos de doenças, as bactérias do apêndice podem passar uma vida toda sem serem utilizadas – nesses casos, sim, o órgão poderia ser considerado de pouca ou nenhuma utilidade.

Defesa

Fonte da imagem: Reprodução/Svit24
Uma segunda pesquisa, realizada em 2011, em Nova York, descobriu que o apêndice é útil em pacientes infectados com a bactéria Clostridium difficile. Em pessoas com o apêndice, a ocorrência dessa bactéria se dá em 11%, enquanto que, entre as que retiraram o órgão, o percentual sobe para 48. Nesse segundo estudo observou-se, portanto, mais uma utilidade para o órgão negligenciado: proteger as bactérias do bem e utilizá-las quando o sistema digestório mais precisa.
O apêndice é visto agora como uma extensão do nosso sistema imunológico, capaz de nos proteger contra patogenias provocadas por bactérias. E aí, você vai continuar pensando que esse órgão tão importante é inútil?

E o que causa a apendicite?

Fonte da imagem: Reprodução/Pudra
A inflamação pode ocorrer devido a uma obstrução do órgão, seja por fezes, algum corpo estranho ou, ainda, um tumor. Os sintomas incluem dores abdominais, inclusive em volta do umbigo; náuseas; vômito; diarreia. Se você apresentar algum desses sintomas por um longo período, não deixe de consultar seu médico – principalmente se os sintomas vierem acompanhados de febre.


domingo, 16 de fevereiro de 2014

NearBytes: a tecnologia brasileira que está fazendo barulho (literalmente)

Startup carioca inventou uma maneira de transmitir dados através do som – e, acredite, isso pode mudar radicalmente o modo com que nossos dispositivos eletrônicos interagem entre si



NearBytes: a tecnologia brasileira que está fazendo barulho (literalmente) (Fonte da imagem: NearBytes)
O norte-americano Salim Ismail, embaixador e professor da Singularity University, chamou a atenção da imprensa nacional ao afirmar, no ano passado, que “o próximo Steve Jobs poderá sair do Brasil”. Ismail, que participou da sexta edição da Campus Party, acredita que o engajamento e criatividade dos jovens brasileiros serão características importantes para que o país se destaque em breve no mercado de inovação tecnológica.
Ainda que muitos tenham encarado a mensagem como um pensamento equivocado por parte do acadêmico, não há como negar que os últimos tempos têm sido gloriosos para o cenário da tecnologia tupiniquim. Torna-se cada vez mais fácil encontrar startups inovadoras e grandes empreendedores oferecendo produtos de sucesso não apenas para consumidores brasileiros, mas também para o público internacional.
A NearBytes é um ótimo exemplo disso. Com menos de três anos de existência, a startup carioca já acumula dezenas de prêmios, centenas de usuários e incontáveis aparições na mídia internacional – tudo por conta de uma invenção inusitada capaz de alterar radicalmente a forma com que nossos dispositivos eletrônicos se comunicam entre si.
NearBytes: a tecnologia brasileira que está fazendo barulho (literalmente) (Fonte da imagem: NearBytes)

O que é a NearBytes e como ela começou?

A NearBytes é uma startup um tanto recente – foi idealizada em 2012, quando o time por trás do invento estava procurando uma maneira mais simples de permitir a troca de dados entre diferentes smartphones. A ideia original era bastante modesta: a equipe estava criando um álbum de figurinhas digitais e precisava encontrar uma forma de permitir que os colecionadores compartilhassem seus selos por intermédio de celulares. O Bluetooth, o NFC e o infravermelho não satisfizeram as necessidades do projeto.
Foi então que nasceu a ideia de transmitir dados codificados em ondas sonoras, ideia que permitiria a interação até mesmo entre dispositivos móveis mais antigos e acessíveis – afinal, todo e qualquer celular é dotado de microfone e alto-falante. A equipe abandonou o projeto do álbum e resolveu focar em outras áreas nas quais a tecnologia teria maior utilidade.


Em junho de 2013, o primeiro SDK do NearBytes foi disponibilizado para os sistemas iOS e Android, com o intuito de incentivar o desenvolvimento de soluções que utilizassem a plataforma. Hoje, a empresa já conta com mais de 600 developers cadastrados ao redor do mundo inteiro.
A companhia também desenvolveu um modelo de licenciamento comercial, no qual cada dispositivo ativado com a tecnologia custa US$ 0,26 ao desenvolvedor/corporação. Além disso, já estão disponíveis plugins gratuitos para os principais browsers do mercado (Google Chrome, Mozilla Firefox, Opera e Internet Explorer) que permitem a interação entre smartphones e páginas da web.
NearBytes: a tecnologia brasileira que está fazendo barulho (literalmente)Plugins para navegadores permitem a troca de informações entre smartphones e páginas web (Fonte da imagem: NearBytes)

Indo muito além

Entre as outras inovações desenvolvidas posteriormente pela NearBytes, destacam-se sobretudo o NearLogin e o NearPay. O primeiro consiste em seu sistema de login que lhe permite usar seu smartphone para realizar autenticações em sistemas que exijam alto nível de segurança, como caixas bancários e totens de autoatendimento. O NearPay, por sua vez, resume-se em uma solução de pagamento digital que pode ser integrado em carteiras virtuais (wallets) e possibilita a transferência de valores até mesmo quando os dispositivos envolvidos estão sem conexão com a internet.
E não para por aí. A companhia continua fazendo experimentos inovadores e expandindo sua área de atuação até mesmo para o mundo offline. No vídeo abaixo, por exemplo, você confere uma demonstração da tecnologia sendo utilizada para abrir uma fechadura elétrica composta por um Raspberry Pi e microfone integrado. Para o ano de 2014, está prevista também uma SDK para Windows Phone, que já foi aprovada nos testes finais e está atualmente passando pelo processo de documentação.


E como funciona?

Simples: a tecnologia NearBytes baseia-se na codificação de bytes em sons de alta frequência que são inaudíveis para o ser humano. Essas ondas sonoras podem ser emitidas e captadas por qualquer dispositivo equipado com o software da plataforma (SDK ou Web Plugin), permitindo a troca de dados por qualquer aparelho dotado de um microfone e alto-falante simples.
Comparado com o NFC, o protocolo tem a vantagem de ser compatível até mesmo com gadgets antigos e não demandar pareamento. Além disso, o NearBytes agrega uma camada de segurança adicional e não exige que o celular esteja conectado em uma rede de internet (WiFi, 3G ou 4G).
NearBytes: a tecnologia brasileira que está fazendo barulho (literalmente) (Fonte da imagem: NearBytes)

Quem já usa?

O S-Contact, aplicativo desenvolvido pela TOTMob, é um excelente exemplo de case de sucesso que utiliza a tecnologia NearBytes. Disponível gratuitamente para Android e iOS, o programa permite que você crie cartões de visita virtuais e compartilhe-os com outras pessoas usando o protocolo criado pela startup carioca. Basta que ambos os equipamentos sejam dotados do conjunto “microfone + alto-falante” para que você possa enviar ou receber contatos profissionais e acabar com o gasto desnecessário de papel.
Outro app bastante interessante que faz uso do NearBytes é o Fala Gigante, que também está disponível tanto na Google Play quanto o App Store. Criado no calor dos protestos que abalaram o Brasil ao longo do segundo semestre de 2013, o software permite a criação e compartilhamento de frases relacionadas às manifestações.



E com os esforços, vem o reconhecimento

Desde o lançamento de sua primeira SDK, a tecnologia NearBytes vem sido assunto de reportagens não apenas de veículos nacionais, mas também da imprensa internacional especializada. Participando de uma infinidade de concursos da área de empreendedorismo tecnológico, a companhia coleciona premiações desde a sua fundação.
A conquista mais recente veio neste último sábado (8): a NearBytes foi classificada como uma das quatro selecionadas no concurso U-Start Conference, cujo prêmio é uma viagem para Milão com o intuito de que as organizações possam apresentar suas ideias para investidores internacionais.
Vale observar que a startup sobreviveu até agora com seu próprio capital, e seu principal foco agora é encontrar investimento e parceiros tecnológicos para dar prosseguimento às suas pesquisas. Pois é: ao que tudo indica, Ismail estava mais do que certo ao afirmar que o próximo talento empreendedor será originário do Brasil. E você, também acha que essa ideia tem futuro?



 fonte  NearBytes