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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Homem sobrevive com bombas mecânicas no lugar do coração


São Paulo - O bombeiro tcheco Jakub Halik, 37 anos, foi considerado o primeiro homem que conseguiu sobreviver com ajuda de duas bombas mecânicas instaladas no coração. O homem vive sem o órgão há cinco meses.
Halik teve que retirar o órgão por causa de um tumor maligno. O bombeiro é o primeiro homem do mundo que sobreviveu a este tipo de cirurgia. O método consiste em instalar duas bombas, chamadas de HeartMate II, para realizar o bombeamento do sangue para o corpo, por um lado, e aos pulmões, por outro.
Todo o processo cirúrgico foi feito no IKEM, Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga. Agora, Halik diz que segue concentrado em sua recuperação.
Apesar de ser considerado o primeiro paciente a sobreviver a uma operação deste tipo, Halik ainda precisa de um coração. Por isso, ele está à espera de um transplante que o permita voltar a ter uma vida normal.
Hoje (24), Halik passou oficialmente para a lista de espera de um transplante, após um processo que durou 148 dias. Apesar disso, ele alegou nem se dar conta de que não tem um coração, embora não sinta o pulso.
A demora para entrar na lista de espera aconteceu principalmente porque os médicos precisam ter certeza de que o tumor no coração não produziu metástase. Isso porque o transplante é contraindicado em caso de tumor maligno, pois os "remédios para aceitar o órgão estranho apoiam o processo tumoral das células", explicou o cardiologista Jan Pirk, responsável pela cirurgia de Halik.
Porém, os recentes exames mostraram que não existe rastro do carcinoma espino-celular em outros órgãos. "Agora me sinto muito bem. É um alívio. A única coisa que fazia desde que descobri a doença era esperar os resultados dos testes", declarou. Agora, o bombeiro terá que esperar aproximadamente oito meses para a realização do transplante.
O IKEM iniciou um programa de bombas de apoio para o ventrículo esquerdo em 2003. O método funciona como uma alternativa até que se possa realizar o transplante de coração. Atualmente, o centro conta com 24 doentes em lista de espera para receber um apoio mecânico de circulação sanguínea.