Em testes, PENG gerou energia suficiente para alimentar um painel de cristal líquido (Foto: Reprodução)
Um dos desenvolvedores, Zhon Lin Wang, faz uma observação no texto da
pesquisa em relação ao desenvolvimento da tecnologia: ”Em 2010, mais de
50% da energia gerada de todas as fontes e matrizes nos Estados Unidos
acabou sendo desperdiçada na forma de calor”. Dentre as várias
alternativas, seria possível que o dispositivo aproveitasse o calor do
seu bolso para abastecer um celular, por exemplo.O PENG oferece um salto relevante em termos de energia produzida, se comparado a outros geradores piroelétricos testados nos últimos anos. Ele é capaz de originar 22 volts de tensão com um pico de corrente de 430 nA. Com esses números, é possível alimentar um painel de LCD por pouco mais de um minuto. Antes, no melhor dos cenários, este tipo de tecnologia tinha concebido dispositivos com saída de apenas 0.1 volt e 1 nA.
As quantidades de energia, no entanto, ainda são tímidas demais e o PENG levaria dias para recarregar uma bateria de smartphone ou notebook. No momento, os cientistas tentam resolver o problema principal do nanogerador: ele produz tensão suficiente para alimentar uma bateria via porta USB, que opera a 5 volts, mas a intensidade da corrente ainda é fraca demais. Isto significa que, no geral, um dispositivo conectado ao aparelho gastaria descarregaria mais rápido do que o ele é capaz de abastecê-la.
Uma saída interessante, contudo, seria combinar a tecnologia que transforma calor em energia com outros tipos de geração de eletricidade por estresse mecânico. Da mesma forma que existem materiais que liberam elétrons à medida em que aquecem, há os que liberam energia por pressão e atrito. Um dispositivo que combinasse todas essas formas de produção de eletricidade seria muito interessante no nosso dia a dia.
via techtudo